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SUIC​Í​DIO COMERCIAL

by Baleia Baleia Baleia

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1.
Não me está a parecer Que isto vá resultar Babes, babes, babes, babes Do zodíaco Ouço à minha frente Um rosto indiferente Peço que esta história Me fique na memória Ganho confiança Dou um passo de dança Sol de pouca dura Solidão sem cura Peço mais um fino Fico atordoado Solto a verborreia Sigo embalado Sol em Leão Lua em Sagitário Tento entrar na cena Sinto-me um otário Mudo para o vinho Para ser solidário Tóxico caminho Da busca de carinho A mesma rotina Em qualquer cidade Os astros da paixão Sofrem de ansiedade Ouço à minha frente Outro rosto indiferente Mas peço que esta história Me fique na memória Ganho confiança Dou um passo de dança Sol de pouca dura Solidão sem cura
2.
venham as máquinas varrer o chão não há vassalo não há patrão sem reverência nem continência venham as máquinas é uma urgência não, eu não estou a brincar venham as máquinas porque eu não estou a brincar venham as máquinas não, eu não estou a brincar venham as máquinas venham as máquinas erguer os prédios e aprenderemos a cultivar os tédios sentir sem peso pensar sem freio venham as máquinas queremos recreio batalha por emprego não garante sossego luta só dá fruta se acabar com a exploração riqueza mal parida tem de ser distribuída ocupa o leme frio do navio dos meios de produção
3.
EGOSSISTEMA 03:05
eu, eu, mais eu eu, só eu, mais eu ego, ego, ego, ego, ego eu não boto prego a fundo eu afundo o prego olhei de frente para a luz e ceguei o Sol encornei as utopias, virei messias eu é que dou afinação ao diapasão choquei contra o Chuck Norris, ele caiu ao chão sou eu quem suga o sangue dos vampiros a minha azia contagia mais que a pandemia já o meço desde os tempos do liceu o meu ego é maior que o teu
4.
Big Bang no armário Evereste no jardim Titanic no aquário Torre Eiffel na régie tsunami no quarto terramoto no quintal avalanche na varanda dilúvio na Sala Oval daqui é um I daí é um T quanto mais penso em ti mais o monstro se vê formigueiro nas veias colmeia no peito crocodilos na barriga ventre sempre insatisfeito chão inundado de lava água cheia de piranhas resta trepar a parede mas tem um milhão de aranhas
5.
somos a nova milícia da susceptibilidade não olhamos à família ao credo ou à idade primária na inquisição liceu com a mocidade mestrado em chibaria doutores da moralidade ninguém cospe no passeio nem insulta no recreio se alguém se mete no meio cancelamos o pasquim há que ganhar coragem para pôr fim a tanta libertinagem erguemos muros na escolha só pintamos na nossa bolha politicamente cú politicamente recto politicamente correcto basta um ofendido que não damos tréguas e apertamos as rédeas e se for preciso formamos um partido proibimos a comédia somos exageradismos por um mundo à nossa imagem que prefira o conteúdo à porra da embalagem frustrados e deprimidos por nunca passar mensagem somos voz dos oprimidos que não se sentem seduzidos empinamos o nariz da lógica-dedução somos vitórias morais em qualquer discussão liberdade é o chavão desta contradição que mantemos por perto mas se irritamos fascistas algo está a bater certo
6.
o meu novo deus tem sotaque lisboeta é roubado e deixa gorjeta trabalha como um cão mal dá para o pão respeita o hotel e limita a diversão aceita o fado as leis do mercado atravessou o rio foi viver para o outro lado o meu novo deus tem sotaque do Porto ignora quem diz que o seu ventre está morto foi gentrificado não levou a mal vibra com as fachadas do turismo local manga arregaçada bom patriarca pintou a parede transformou-se numa marca o meu novo deus tem sotaque lamecense nunca se chateia com o que não lhe pertence olha da janela o horizonte precário guarda as ideias todas no armário reza por arroz e silêncio total já nem acorda com o barulho do festival diz o meu novo deus num sotaque qualquer que posso ser feliz sempre que eu quiser não adianta cansar a garganta ficar chateado só causa mau olhado semeia fé num culto festivo de auto-ajuda e pensamento positivo o meu novo deus só tem um mandamento relaxa que encaixa
7.
indecisos entre a ilha e o continente da partilha perguntamos ao espelho se é para isto que cá estamos assistimos à sangria iludida da euforia a desistência paira mas nunca se implanta não há manta para o frio na jangada do vazio entramos na garagem para limar uma aresta demora sei lá quantos anos até ver a luz do dia convencidos que a nossa obsessão é terapia peito de betão, lago na testa paras o scroll e fazemos uma festa e afirmamos de antemão a dispensa de atenção em laboratórios-erro para fórmulas com substracto calamos a frustração por não estarmos nas listas sonhamos com respostas mas não damos entrevistas relação agridoce com o anonimato os tempos do engenho elevaram a bitola ninguém fura o nevoeiro sem coelhos na cartola tatuamos nas entranhas o que nunca ninguém lê abraçados aos sonhos que encontrámos na tv sonhamos com cachet mas tasse bem por uma esmola não há manta para o frio na jangada do vazio
8.
PEITO FEITO 04:33
já não ergo um peito feito já nem penso em emigrar não nasci de cú virado para a Lua mas nunca me faltou o ar já não quero mais provar o mundo todo numa só colher ainda lambo feridas de língua afiada mas já não me dá prazer já não vou salvar o mundo nem quero ser imortal ainda faço os meus planos sobre-humanos mas se não cumprir, não faz mal encontrei o meu sossego no eterno desemprego ancas exaustas de tanto jogo de cintura mas não me algemo à amargura
9.
não sei dizer o que estou aqui a fazer quero gritar mas nem dá para respirar taças cinzentas de conquistas fraudulentas sonhos banais, amizades sazonais tenra idade para perder curiosidade fosca visão, ponho em causa a direcção não sei dizer o que estou aqui a fazer corpo dormente, nunca nada é suficiente não tenho fome não tenho sede não tenho luz não tenho rede não tenho alvos não tenho medos não tenho nada não sinto cheiro não sinto cor não sinto prazer não sinto dor não sinto frio não sinto calor não sinto nada não quero filhos nao quero pais não quero álcool não quero sais não quero menos não quero mais não quero nada não sei dizer o que estou aqui a fazer quero gritar mas nem dá para respirar quero castrar a vontade de agradar
10.
EXORCISMO 04:20
deixa passar deixa passar a maré deixa passar deixar passar a maré o vento está diferente já quase não se sente deixa passar há sempre um novo horizonte escondido atrás do monte pantanoso do Nada deixa passar há sempre luz no meio da estrada e a ideologia a dar força à braçada deixa passar há sempre o calor da memória conversas de café a gerar fé contraditória deixa passar deixa passar a maré o vento está diferente e já quase não se sente deixa passar há sempre moleza no rochedo ao fazer de um segredo um sussurro partilhado deixa passar e nenhum monstro do passado derruba a fortaleza de um corpo apaixonado deixa passar podemos grItar até o medo estancar deixa passar deixa passar deixa ruir deixa cair deixa partir deixa bater deixa varrer deixa queimar deixa furar deixa sangrar e deixa sangrar podemos gritar o medo há de estancar deixa passar

about

↓ Suicídio Comercial CD & VINYL ↓
salivadiva.bandcamp.com/album/suic-dio-comercial

credits

released February 2, 2022

Música e Letra: Baleia Baleia Baleia
Bateria e Voz: Ricardo Cabral
Baixo e Voz: Manuel Molarinho
Captação e Mistura: Ricardo Cabral
Mistura e Master: Tiago Ralha
Artwork: Sara Quintanilha
Produção: Baleia Baleia Baleia
Edição: Saliva Diva

Apoiado pela Direção Regional de Cultura do Norte
Gravado no Quarto Escuro, algures entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021

DIVA008
Porto, 2022

license

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about

Baleia Baleia Baleia Portugal

Dupla formada por Manuel Molarinho (baixo e voz) e Ricardo Cabral (bateria). "A meio caminho entre o pop rock sem vergonha e um punk mais vibrante e soalheiro, os Baleia Baleia Baleia pegam nos elementos mais alegres e coloridos que o rock alguma vez engendrou, agitam-nos numa garrafa com gasosa e tiram a tampa para molhar toda gente." André Franco (Tracker) ... more

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